Arquivo diário: agosto 5, 2018


Jogos Eletrônicos, como devo negociar o tempo de permanência do meu filho(a), na Internet?

Por Andrea Queiroz Silva

Sabemos que nos dias atuais as crianças estão cada vez mais interessadas em jogos eletrônicos, e que estes se atualizam de forma veloz, na rede.

A pergunta que precisamos fazer é: Que “ganho” significativo as crianças terão ao passar horas na frente dessas pequenas telas?

A resposta a essa pergunta nos traz reflexões importantes, no que se refere a diminuição da capacidade crítica e dialogal a que essas crianças ficam expostas, quando imersas em grande parte do seu dia, se dedicando a histórias pré dirigidas, ou seja, pensadas para mantê-las cada vez mais interessadas e dependentes deste “mundo virtual”.

A capacidade de desenvolvimento social, destas crianças tendem a ficar afetada, ou seja, a construção das idéias, a formação semântica, a estimulação à vida de relação, todas essas características que fazem parte, também, da aprendizagem no seu sentido global, ficam pouco estimuladas, no sentido do uso da capacidade cerebral. Portanto, o uso supervisionado dessa tecnologia, precisa ser “calculado” para que haja tempo no próprio “tempo da infância”.

Pais, responsáveis e familiares, o resgate das brincadeiras ao ar livre é um grande e saudável convite aos seus pequenos. Vamos Brincar?

Por:  Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749


O que é a Arteterapia?

Por Andrea Queiroz Silva

Arteterapia, palavra ampla em sua significação, ao primeiro contato, surgem algumas indagações, porém com o aprofundamento na sua proposta, percebe-se a multiplicidade de fatores que levam a sua dinâmica ser baseada na descoberta do ser, através do fazer criativo.

Muitas vezes o ser humano se coloca de forma tão singular, que não acredita ser capaz de levar “vida” a própria vida, e a Arteterapia vem com sua característica própria descobrir esse novo ser através das suas variadas técnicas, em meios aos materiais expressivos, oferecendo desafios e conquistas.

Na singeleza do papel, no caminho do grafite, na maleabilidade da argila, juntamente com a vontade de mudança do ser, a Arteterapia promove o encontro consigo mesmo, ou seja, remetendo o indivíduo a seu próprio eu, possibilitando a compreensão e a integração de aspectos ambivalentes de sua estrutura psíquica para a promoção do bem estar e qualidade de vida.

Cria-se, recria-se, através do sentir e ao longo do tempo, tende a promover auto-estima, concentração, atenção, criatividade, dentre outros aspectos.

A arte, por si mesma, vai além das vibrações físicas porque trabalha com energias criativas e ao dar forma ao material, o indivíduo inicialmente precisa organizar seu pensamento no planejamento do que será feito, entrando em contato com suas próprias escolhas ou experimentação dos materiais oferecidos.

Ao tocar o material, o indivíduo, que se propõe a terapia, busca reconhecê-lo em sua extensão, fragilidade e mobilidade, cor, dentre outros aspectos, dando-se conta de como a sua criatividade, influencia na transformação do material.

Ao som de uma música, por exemplo, o indivíduo poderá se reportar a lembranças, e poderá entrar em contato com sua história, promovendo contatos com suas defesas e desafios para o seu desejo de mudança.

A Arteterapia, a terapia através da arte, promove autoconhecimento, melhorando a qualidade de vida do indivíduo, formando novas estruturas psíquicas, por meio da criatividade e do contato com seus próprios sentimentos, acessando novas conexões cerebrais, por isso, também, ela é indicada para crianças, adultos e idosos, e especiais.

Por: Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749.


Adolescência: muitos caminhos, grandes transformações

Por: Andrea Queiroz Silva

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a adolescência é o período que se estende dos 10 aos 19 anos de idade. E não engloba apenas transformações físicas, mas também todo o processo de mudança e adaptação psicológica, familiar e social a essas transformações.”

O tempo da adolescência, precisa ser visto como um processo que diferencia o espaço de tempo entre a infância e a vida adulta, e que apresenta características determinantes de diferenciação.

Dúvidas, incertezas, pertencimento social são sentidos durante grande parte desse processo do desenvolvimento.

Como escolher de onde vem essas alternativas, senão das vivências previamente experienciadas pelas etapas passadas de vida, caracterizado pelo “modelo” parental.

Sonia Alberti, no seu livro intitulado, O adolescente e o Outro, nos diz que “não há escolhas que prescinda de indicativos, direções, determinantes que lhe são anteriores”.

As primeiras referências sociais do indivíduo são percebidas desde tenra idade, através das informações sensoriais e do desenvolvimento da linguagem, a partir das associações e entendimentos do que lhe é transmitido, formam-se as estruturas do pensamento, com exceção, aos indivíduos possuidores de alguma patologia.

Todo esse processo se dá, de forma gradual e contínua. Daí a importância, fundamental, da presença dos pais/educadores, na vida cotidiana de seus filhos.

Nesta fase, é comum a posição crítica dos adolescentes em relação a sua vivência. Esse comportamento é perfeitamente natural, porque é nesta fase em que ele está elaborando suas escolhas, que não são, necessariamente, as mesmas transmitidas anteriormente pelos seus pais/educadores.

Surgem então, os conflitos de geração, pelo fato destes não terem todas as respostas (nem deve haver a intenção de tê-las), para um alto nível de questionamentos subjetivos de seus filhos.

A importância da psicoterapia, através da aplicação de técnicas específicas, visa então, ampliar a visão tanto dos pais como dos seus filhos, no sentido do autoconhecimento, para que esse adolescente possa desenvolver suas melhores escolhas frente ao seu novo momento de vida.

Por Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749