Adolescência: muitos caminhos, grandes transformações


Por: Andrea Queiroz Silva

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a adolescência é o período que se estende dos 10 aos 19 anos de idade. E não engloba apenas transformações físicas, mas também todo o processo de mudança e adaptação psicológica, familiar e social a essas transformações.”

O tempo da adolescência, precisa ser visto como um processo que diferencia o espaço de tempo entre a infância e a vida adulta, e que apresenta características determinantes de diferenciação.

Dúvidas, incertezas, pertencimento social são sentidos durante grande parte desse processo do desenvolvimento.

Como escolher de onde vem essas alternativas, senão das vivências previamente experienciadas pelas etapas passadas de vida, caracterizado pelo “modelo” parental.

Sonia Alberti, no seu livro intitulado, O adolescente e o Outro, nos diz que “não há escolhas que prescinda de indicativos, direções, determinantes que lhe são anteriores”.

As primeiras referências sociais do indivíduo são percebidas desde tenra idade, através das informações sensoriais e do desenvolvimento da linguagem, a partir das associações e entendimentos do que lhe é transmitido, formam-se as estruturas do pensamento, com exceção, aos indivíduos possuidores de alguma patologia.

Todo esse processo se dá, de forma gradual e contínua. Daí a importância, fundamental, da presença dos pais/educadores, na vida cotidiana de seus filhos.

Nesta fase, é comum a posição crítica dos adolescentes em relação a sua vivência. Esse comportamento é perfeitamente natural, porque é nesta fase em que ele está elaborando suas escolhas, que não são, necessariamente, as mesmas transmitidas anteriormente pelos seus pais/educadores.

Surgem então, os conflitos de geração, pelo fato destes não terem todas as respostas (nem deve haver a intenção de tê-las), para um alto nível de questionamentos subjetivos de seus filhos.

A importância da psicoterapia, através da aplicação de técnicas específicas, visa então, ampliar a visão tanto dos pais como dos seus filhos, no sentido do autoconhecimento, para que esse adolescente possa desenvolver suas melhores escolhas frente ao seu novo momento de vida.

Por Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749