Arquivo mensal: setembro de 2018


Atividades no INFA- Tijuca

Atividades no INFA- Tijuca

Com o intuito de colaborar com o processo educativo e social do INFA, temos tido experiências realmente gratificantes em troca do excelente trabalho prestado por nossos profissionais.

Em dezembro do ano passado, por exemplo, fomos brindados com um verdadeiro presente de Natal: Gilda Palhares, coaching nas áreas de  Administração Empresarial e Psicologia Positiva e Integração,  compartilhou com o time do INFA- Tijuca sua experiência  tendo desenvolvido com toda a equipe de profissionais, gerência e secretaria uma proposta para após terem detectado eventuais problemas ou insatisfações aprender como otimizar o  funcionamento da instituição.

Houve novo encontro em março tendo como tema “Diagnóstico de Percepção das Equipes INFA- Tijuca”,  quando se deu o “fechamento” da proposta, e a avaliação do que teria que ser ou não alterado.

A notícia de que teríamos uma palestra sobre autismo no INFA- Tijuca  despertou enorme interesse entre os profissionais da Casa. O encontro se deu no dia 20 de agosto último com a  apresentação da professora e pedagoga Maria Regina Barbosa Angeiras.

Na capa de um de seus trabalhos, a palestrante anotou ”Você nunca sabe a força que tem, até que a sua única alternativa é ser forte”.  Nada mais parecido com sua própria vida. Penso que seja este o seu lema.

Maria Regina teve durante toda sua vida uma espécie de preparação para o que hoje faz dela uma profissional competente e respeitada. De uma simples professora do Ensino Fundamental à proprietária e diretora de uma escola, em que são atendidos alunos normais e outros com alguma deficiência. Sua vida mudou de rumo quando seu  neto foi diagnosticado como autista. Ao invés de recolher-se, assumiu a responsabilidade de cuidar e de procurar ajuda para conviver com o inesperado. Através de pesquisas, estudo, consultas e, sobretudo fé, ela trilhou um caminho de superação, que atualmente serve de exemplo.

Sua palestra foi de extrema importância para os profissionais da área e para os que têm dúvidas de que para alcançar o objetivo, há que não esmorecer. Ou, se preferir: “A fé remove montanhas”.  É o caso.

Lenyr Mesquita de Barros

(Professora,  pedagoga  e voluntária no INFA)


Nossa homenagem à Guilhermina dos Anjos

 

Nossa homenagem à Guilhermina dos Anjos

Em agosto de 2018 a nossa amiga partiu, nos deixando definitivamente, contudo não a esqueceremos jamais.

Ela foi uma pessoa dedicada ao trabalho voluntário, em prol do bem estar das pessoas, uma das pioneiras na criação do Movimento Familiar Cristão no Rio de Janeiro – MFC/RJ.

Posteriormente associada a outros membros do próprio MFC foi uma das idealizaram do que hoje é o nosso INFA, onde desenvolveu diversos trabalhos assistencialistas, sempre com muito entusiasmo, como era próprio de sua personalidade.

Tendo ocupado varias funções nos Centros de Atendimento no INFA.

Atualmente ela exercia a função de Conselheira, onde permaneceu até o último dia de vida.


Palestra Terapia Ocupacional e T.E.A. – 18/09/2018

Palestrante Sandra Araujo 

   A formulação e a adoção de um programa de intervenção terapêutico ocupacional precoce, ocorre sempre dentro de um conceito teórico, que lhe dá coerência e organicidade, sendo  importante conhecer esse referencial que concebeu o autismo, como um distúrbio do contato afetivo, acarretando um isolamento social, porém hoje ha um afastamento desta visão e o autismo passou a ser visto como se devendo a um prejuízo cognitivo.  

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Crônica – Experiência como secretária

Crônica – Experiência como secretária

Foi assim mesmo que aconteceu.

À noite, Mariana Miranda, gerente do INFA- Tijuca, me telefonou pedindo ajuda. O secretário faria uma cirurgia dentária na manhã seguinte e não havia quem o substituísse,  já que a secretária do período da tarde teria uma prova na UERJ.

Pronto! me dispus a secretariar, afinal não poderia ser um bicho de sete cabeças. No dia, portando um livro e o jornal, achando que talvez eu tivesse tempo livre me dirigi ao local. Ao primeiro toque da campainha do portão, fiz o óbvio: apertei o botão, que…tam  tam tam tam, não abriu. Como assim? já fiz isso antes. Felizmente, uma das profissionais tinha a chave e veio em meu auxílio. Pouco tempo depois, ouço pelo interfone a voz de um senhor me pedindo para usar o toalete. Que estranho, pensei. Fui ao portão e lhe expliquei que o local era para uso exclusivo dos clientes. Como eu fosse substituta e não soubesse as regras da casa, não poderia abrir exceção.

Antes que eu pudesse desfrutar do meu livro, um motorista do ônibus que faz ponto em frente ao nosso portão, pelo interfone, me pediu permissão para encher um galão d´agua para pôr no motor. Como a mangueira fosse fora do prédio, não me furtei à permissão.

Nesse ínterim, o fone do gancho do interfone se recusava a encaixar no aparelho, parecia que havia óleo e por mais que eu tentasse nada. Meu Deus, o que é isso, Lei de Murphy?

Você pensa que acabou? Que nada: o baleiro tocou a campainha pra pedir um copo de plástico vazio. Aff!. Por último, apareceu uma senhora à procura de informações sobre os serviços prestados pelo INFA. Por ter sofrido um trauma, sua filha estava deprimida e ela temia que a moça se suicidasse. Quem é mãe sabe o quanto dói a dor de um filho. O mínimo que eu podia fazer era ouvi-la e lhe transmitir calma e compaixão até que, instintivamente, me levantei e a abracei. Tomei nota de seus dados e pedi que ela voltasse em outra ocasião para tentar com o serviço social marcar consulta com um psicólogo. Ao se despedir, enxugando as lágrimas a senhora disse: “Que bom eu ter vindo, eu precisava tanto desse abraço”

Detalhe, quando a secretária da tarde ouviu meu relato sobre os diversos imprevistos pelos quais eu havia passado, surpresa exclamou: ”Nossa, NUNCA aconteceu isso antes!”

Começo a achar que fui submetida a um “test drive”.

Lenyr Mesquita de Barros