Sobre o INFA

O INFA é uma associação civil filantrópica, sem fins lucrativos, com data de fundação em 2 de junho de 1971.

Um grupo de casais do Movimento Familiar Cristão – MFC reuniu-se para avaliar suas tentativas de ajudar outros casais e famílias em crise. Até então, esse tipo de apoio era oferecido por pessoas de boa vontade, com um certo jeito de conselheiros mas sem formação profissional para isso. Esse aconselhamento dava bons resultados, naturalmente.

A maior parte dos casos que surgiam eram de pouca gravidade. Com o crescimento da demanda, começavam a aparecer casos mais complicados. Os casais conselheiros, ainda que treinados para fazer o melhor, sentiam-se impotentes.

Era preciso dispor de uma instituição capaz de manejar esses problemas pessoais, individuais, conjugais e familiares, com profissionalismo, sem que se perdesse a inspiração original: o carisma do MFC, um movimento de laicos cristãos, comprometidos com a construção de um mundo mais justo em que todas as famílias possam se humanizar e realizar plenamente as suas funções essenciais.

Contatos com profissionais da área de psicologia permitiram desenhar o que seria essa instituição. Psicólogos que se identificavam com aquele carisma, também desejosos de colocar seu saber a serviço dos que precisavam, mas não tinham como pagar sessões de terapia em seus consultórios, dispuseram-se a dedicar parte do seu tempo ao INFA. Assim, nasceu o INFA Instituto da Família.

A instituição deveria ser laica, não confessional, para que profissionais bem formados se sentissem sempre livres para atuar de acordo com rigor ético, com base na sua ciência e sabedoria, sem condicionamentos doutrinários que pudessem influir no seu desempenho.

Dados da Instituição:
CNPJ 42.146.738/0001-01
Utilidade Pública Federal (Portaria MJ 588/04)
Utilidade Pública Estadual RJ (Lei 2698/97) e
Utilidade Pública Municipal do Rio de Janeiro (Lei 2370/95)

Missão e Objetivos

A missão do INFA é servir às famílias, especialmente as mais carentes, para que passem de condições menos humanas, para condições dignas de vida, em todos os seus aspectos:

– Social

– Econômico

– Emocional

– Cultural

– Espiritual

O Instituto da Família tem como objetivos:

a) Pesquisar e estudar, com base científica e interdisciplinar, as realidades sociais, econômicas, culturais, morais, espirituais, psicológicas e religiosas da família no mundo atual e a projeção destas realidades para o futuro, organizando e divulgando os resultados em documentação que incentive a promoção global da família e o fornecimento de meios para que ela possa ajustar-se às realidades em que vive.

b) Promover cursos, simpósios, seminários, debates, conferências, edição de publicações, recursos didáticos e outras atividades:

– para a comunidade em geral, visando:

* à orientação para a vida pessoal, familiar e social;

* à capacitação para integração ao mercado de trabalho

* ao desenvolvimento de habilidades e talentos;

* à prevenção da dependência química;

* à orientação para a maternidade e o planejamento familiar

* e outras atividades promocionais dessa natureza.

– para o aprimoramento da atuação de pessoas e entidades dedicadas ao atendimento terapêutico e aconselhamento familiar, visando:

* à elaboração e implementação de políticas sociais familiares

* à realização de programas da pastoral familiar.

c)Propiciar, preferencialmente à população carente facilidades para o atendimento médico, psicológico, psicopedagógico, fonoaudiológico, jurídico e outros, por profissionais habilitados, com vistas a superar problemas pessoais e familiares que exijam apoio profissional especializado nessas áreas.

d)Promover atividades assistenciais e de promoção humana para famílias, especialmente focadas nas crianças, adolescentes e idosos, carentes de alimentação, nutrição, saúde e instrução.

e)Manter intercâmbio com entidades congêneres nacionais ou internacionais.

Todas as atividades e serviços serão oferecidos pelo Instituto da Família à população sem discriminação quanto à sua faixa etária, posicionamento político, etnia, gênero, orientação sexual ou religiosa, bem como à pessoa portadora de deficiência.

INFARJ – Resgate de uma História

Então o Infa se Faz Realidade

Membros do Movimento Familiar Cristão (MFC)um movimento de laicos cristãos, comprometidos com a construção de um mundo mais justo em que todas as famílias possam se humanizar e realizar plenamente as suas funções essenciais, desde os anos 50, já vinham se dedicando ao aconselhamento familiar. Problemas diversos não faltavam.

Famílias desestruturadas, esmagadas por dificuldades de relacionamento, desvios de comportamento, alcoolismo, consumo de drogas ilícitas, e tantas variadas aflições encontravam nos membros do MFC o ombro amigo, o ouvido atento, os conselhos apropriados, o ânimo para vencerem as suas dificuldades, as orientações apropriadas e o apoio fraterno.

Até então, esse tipo de apoio era oferecido por pessoas de boa vontade, com certo jeito de conselheiros, mas sem formação profissional para isso. Esse aconselhamento dava bons resultados, naturalmente.

Os membros desse grupo de leigos sentiram a necessidade de uma formação mais segura para o desempenho dessa tarefa. Vieram os cursos para conselheiros familiares que foram muito importantes, porém, problemas cada vez mais graves exigiam formação e conhecimento mais profundos. Os casais conselheiros, ainda que treinados para fazer o melhor, sentiam-se impotentes.

Em 1969 os casais Hélio e Selma Amorime Hermano e Guilhermina dos Anjos que formavam o Colegiado Diretor do MFC do Rio de Janeiro ao participarem do Encontro Latino Americano em Santiago no Chile conheceram o CENFAM, uma entidade criada para apoiar as famílias em serviços diversos, com biblioteca especializada e atendimento psicológico. Alguns profissionais atuavam graciosamente nesse atendimento clínico. Entusiasmados, perceberam que algo semelhante poderia ser a resposta às necessidades do MFC/RJ.

Foram dois anos de busca de apoio e dos meios necessários para criar uma instituição que atendesse as necessidades de atendimento as famílias. Finalmente em 1971, um grupo de membros do MFC sentiu que era a hora de dispor de uma instituição capaz de manejar esses problemas pessoais, individuais, conjugais e familiares, com profissionalismo a quem não pode pagar clínicas particulares para terapias adequadas, sem que se perdesse a inspiração original.

Ficou decidido que deveria ser uma instituição vinculada ao MFC, mas autônoma e não religiosa-confessional, para assegurar a atuação profissional responsável independente, não sujeita a normas limitadoras senão as da mais rigorosa ética e da filosofia do MFC, sempre a serviço da humanização e da valorização da família.

Assim nasceu o INSTITUTO DA FAMÍLIA (INFARJ), em torno de uma mesa ladrilhada de girassóis, onde um grupo do MFC firmou as primeiras assinaturas da ata e do estatuto de sua fundação.

Uma casa foi cedida pela arquidiocese no Rio de Janeiro na Paróquia de São Francisco Xavier no bairro da Tijuca. Logo surgia a fila de clientes que nunca mais se extinguiu.

A trajetória do INFA não foi um processo linear. A primeira fase correspondeu ao nascimento, onde a ideia adquiriu vida e forma. Fase mais intimista, em que apenas o atendimento psicológico era oferecido na sede da rua Alzira Brandão e arriscava-se a programar alguns cursos abertos ao público. A ela seguiu-se a fase de crescimento, abertura maior para a comunidade, com novos serviços: assistência social, fonoaudiologia, psicopedagogia.

Com uma estrutura consolidada e resultados já contabilizados por anos de atividade, o INFA entrou na sua fase de expansão. Em 1986 Fernando e Nancy Loureiro doaram uma casa no bairro do Engenho de Dentro ao MFC para que fosse criada uma nova unidade do INFA. Além dos serviços já oferecidos, outros importantes no atendimento as famílias foram também criados: psicomotricidade, núcleo de alfabetização, orientação jurídica, orientação familiar. Amplia-se a oferta de cursos, principalmente os voltados para a formação da população mais carente.

Em 2001, como marco de seus 30 anos de fundação o INFA amplia, mais uma vez, seu raio de ação com a criação da unidade dentro da comunidade da Tijuquinha no bairro do Itanhangá.

Durante essa fantástica caminhada de mais de 45 anos, o INFA tem como base sólida os seus membros voluntários que sustentam a instituição. Voluntários da administração que atuam nas Gerencias dos Centros de Atendimento, como membros do Conselho Diretoria fazendo parte da Diretoria Executiva.

Profissionais que se doam no atendimento aos que nos procuram, aceitando nosso regimento interno recebendo apenas uma ajuda de custos.

A doação dos sócios contribuintes que através de suas contribuições mensais ou eventuais mantem o Fundo Social, nosso suporte financeiro que destina-se a complementar o custo do tratamento, viabilizando, assim, o atendimento daqueles mais carentes.

Em 2017 o INFARJ atendeu a 2.507 pessoas assim distribuídas:

• Assistência Social – 1.085
• Psicopedagogia – 332
• Fonoaudiologia – 444
• Psicologia – 629
• Nutricionista – 12
• Aconselhamento jurídico – 05

Outros atendimentos, distribuídos em:

• Atendimento domiciliar – 029
• Apoio familiar -048

Outras Atividades: Capacitação de Técnicos; Curso para Acompanhantes e familiares de idosos; Artesanato para a comunidade; Curso de Mediação Escolar e Diferentes Programas Assistenciais.

A trajetória do INFA foi, até hoje, um processo extremamente rico, só possível pelo amor a uma ideia, pela dedicação ao serviço, pela doação ao próximo, pela confiança no outro e pela esperança no futuro.

É um milagre pelo qual agradecemos a DEUS todos os dias, e contamos com a ajuda de todos para que esse milagre continue a se realizar entre nós.