INFA Tijuca


Atividades no INFA- Tijuca

Atividades no INFA- Tijuca

Com o intuito de colaborar com o processo educativo e social do INFA, temos tido experiências realmente gratificantes em troca do excelente trabalho prestado por nossos profissionais.

Em dezembro do ano passado, por exemplo, fomos brindados com um verdadeiro presente de Natal: Gilda Palhares, coaching nas áreas de  Administração Empresarial e Psicologia Positiva e Integração,  compartilhou com o time do INFA- Tijuca sua experiência  tendo desenvolvido com toda a equipe de profissionais, gerência e secretaria uma proposta para após terem detectado eventuais problemas ou insatisfações aprender como otimizar o  funcionamento da instituição.

Houve novo encontro em março tendo como tema “Diagnóstico de Percepção das Equipes INFA- Tijuca”,  quando se deu o “fechamento” da proposta, e a avaliação do que teria que ser ou não alterado.

A notícia de que teríamos uma palestra sobre autismo no INFA- Tijuca  despertou enorme interesse entre os profissionais da Casa. O encontro se deu no dia 20 de agosto último com a  apresentação da professora e pedagoga Maria Regina Barbosa Angeiras.

Na capa de um de seus trabalhos, a palestrante anotou ”Você nunca sabe a força que tem, até que a sua única alternativa é ser forte”.  Nada mais parecido com sua própria vida. Penso que seja este o seu lema.

Maria Regina teve durante toda sua vida uma espécie de preparação para o que hoje faz dela uma profissional competente e respeitada. De uma simples professora do Ensino Fundamental à proprietária e diretora de uma escola, em que são atendidos alunos normais e outros com alguma deficiência. Sua vida mudou de rumo quando seu  neto foi diagnosticado como autista. Ao invés de recolher-se, assumiu a responsabilidade de cuidar e de procurar ajuda para conviver com o inesperado. Através de pesquisas, estudo, consultas e, sobretudo fé, ela trilhou um caminho de superação, que atualmente serve de exemplo.

Sua palestra foi de extrema importância para os profissionais da área e para os que têm dúvidas de que para alcançar o objetivo, há que não esmorecer. Ou, se preferir: “A fé remove montanhas”.  É o caso.

Lenyr Mesquita de Barros

(Professora,  pedagoga  e voluntária no INFA)


Crônica – Experiência como secretária

Crônica – Experiência como secretária

Foi assim mesmo que aconteceu.

À noite, Mariana Miranda, gerente do INFA- Tijuca, me telefonou pedindo ajuda. O secretário faria uma cirurgia dentária na manhã seguinte e não havia quem o substituísse,  já que a secretária do período da tarde teria uma prova na UERJ.

Pronto! me dispus a secretariar, afinal não poderia ser um bicho de sete cabeças. No dia, portando um livro e o jornal, achando que talvez eu tivesse tempo livre me dirigi ao local. Ao primeiro toque da campainha do portão, fiz o óbvio: apertei o botão, que…tam  tam tam tam, não abriu. Como assim? já fiz isso antes. Felizmente, uma das profissionais tinha a chave e veio em meu auxílio. Pouco tempo depois, ouço pelo interfone a voz de um senhor me pedindo para usar o toalete. Que estranho, pensei. Fui ao portão e lhe expliquei que o local era para uso exclusivo dos clientes. Como eu fosse substituta e não soubesse as regras da casa, não poderia abrir exceção.

Antes que eu pudesse desfrutar do meu livro, um motorista do ônibus que faz ponto em frente ao nosso portão, pelo interfone, me pediu permissão para encher um galão d´agua para pôr no motor. Como a mangueira fosse fora do prédio, não me furtei à permissão.

Nesse ínterim, o fone do gancho do interfone se recusava a encaixar no aparelho, parecia que havia óleo e por mais que eu tentasse nada. Meu Deus, o que é isso, Lei de Murphy?

Você pensa que acabou? Que nada: o baleiro tocou a campainha pra pedir um copo de plástico vazio. Aff!. Por último, apareceu uma senhora à procura de informações sobre os serviços prestados pelo INFA. Por ter sofrido um trauma, sua filha estava deprimida e ela temia que a moça se suicidasse. Quem é mãe sabe o quanto dói a dor de um filho. O mínimo que eu podia fazer era ouvi-la e lhe transmitir calma e compaixão até que, instintivamente, me levantei e a abracei. Tomei nota de seus dados e pedi que ela voltasse em outra ocasião para tentar com o serviço social marcar consulta com um psicólogo. Ao se despedir, enxugando as lágrimas a senhora disse: “Que bom eu ter vindo, eu precisava tanto desse abraço”

Detalhe, quando a secretária da tarde ouviu meu relato sobre os diversos imprevistos pelos quais eu havia passado, surpresa exclamou: ”Nossa, NUNCA aconteceu isso antes!”

Começo a achar que fui submetida a um “test drive”.

Lenyr Mesquita de Barros


Jogos Eletrônicos, como devo negociar o tempo de permanência do meu filho(a), na Internet?

Por Andrea Queiroz Silva

Sabemos que nos dias atuais as crianças estão cada vez mais interessadas em jogos eletrônicos, e que estes se atualizam de forma veloz, na rede.

A pergunta que precisamos fazer é: Que “ganho” significativo as crianças terão ao passar horas na frente dessas pequenas telas?

A resposta a essa pergunta nos traz reflexões importantes, no que se refere a diminuição da capacidade crítica e dialogal a que essas crianças ficam expostas, quando imersas em grande parte do seu dia, se dedicando a histórias pré dirigidas, ou seja, pensadas para mantê-las cada vez mais interessadas e dependentes deste “mundo virtual”.

A capacidade de desenvolvimento social, destas crianças tendem a ficar afetada, ou seja, a construção das idéias, a formação semântica, a estimulação à vida de relação, todas essas características que fazem parte, também, da aprendizagem no seu sentido global, ficam pouco estimuladas, no sentido do uso da capacidade cerebral. Portanto, o uso supervisionado dessa tecnologia, precisa ser “calculado” para que haja tempo no próprio “tempo da infância”.

Pais, responsáveis e familiares, o resgate das brincadeiras ao ar livre é um grande e saudável convite aos seus pequenos. Vamos Brincar?

Por:  Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749


O que é a Arteterapia?

Por Andrea Queiroz Silva

Arteterapia, palavra ampla em sua significação, ao primeiro contato, surgem algumas indagações, porém com o aprofundamento na sua proposta, percebe-se a multiplicidade de fatores que levam a sua dinâmica ser baseada na descoberta do ser, através do fazer criativo.

Muitas vezes o ser humano se coloca de forma tão singular, que não acredita ser capaz de levar “vida” a própria vida, e a Arteterapia vem com sua característica própria descobrir esse novo ser através das suas variadas técnicas, em meios aos materiais expressivos, oferecendo desafios e conquistas.

Na singeleza do papel, no caminho do grafite, na maleabilidade da argila, juntamente com a vontade de mudança do ser, a Arteterapia promove o encontro consigo mesmo, ou seja, remetendo o indivíduo a seu próprio eu, possibilitando a compreensão e a integração de aspectos ambivalentes de sua estrutura psíquica para a promoção do bem estar e qualidade de vida.

Cria-se, recria-se, através do sentir e ao longo do tempo, tende a promover auto-estima, concentração, atenção, criatividade, dentre outros aspectos.

A arte, por si mesma, vai além das vibrações físicas porque trabalha com energias criativas e ao dar forma ao material, o indivíduo inicialmente precisa organizar seu pensamento no planejamento do que será feito, entrando em contato com suas próprias escolhas ou experimentação dos materiais oferecidos.

Ao tocar o material, o indivíduo, que se propõe a terapia, busca reconhecê-lo em sua extensão, fragilidade e mobilidade, cor, dentre outros aspectos, dando-se conta de como a sua criatividade, influencia na transformação do material.

Ao som de uma música, por exemplo, o indivíduo poderá se reportar a lembranças, e poderá entrar em contato com sua história, promovendo contatos com suas defesas e desafios para o seu desejo de mudança.

A Arteterapia, a terapia através da arte, promove autoconhecimento, melhorando a qualidade de vida do indivíduo, formando novas estruturas psíquicas, por meio da criatividade e do contato com seus próprios sentimentos, acessando novas conexões cerebrais, por isso, também, ela é indicada para crianças, adultos e idosos, e especiais.

Por: Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749.


Adolescência: muitos caminhos, grandes transformações

Por: Andrea Queiroz Silva

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a adolescência é o período que se estende dos 10 aos 19 anos de idade. E não engloba apenas transformações físicas, mas também todo o processo de mudança e adaptação psicológica, familiar e social a essas transformações.”

O tempo da adolescência, precisa ser visto como um processo que diferencia o espaço de tempo entre a infância e a vida adulta, e que apresenta características determinantes de diferenciação.

Dúvidas, incertezas, pertencimento social são sentidos durante grande parte desse processo do desenvolvimento.

Como escolher de onde vem essas alternativas, senão das vivências previamente experienciadas pelas etapas passadas de vida, caracterizado pelo “modelo” parental.

Sonia Alberti, no seu livro intitulado, O adolescente e o Outro, nos diz que “não há escolhas que prescinda de indicativos, direções, determinantes que lhe são anteriores”.

As primeiras referências sociais do indivíduo são percebidas desde tenra idade, através das informações sensoriais e do desenvolvimento da linguagem, a partir das associações e entendimentos do que lhe é transmitido, formam-se as estruturas do pensamento, com exceção, aos indivíduos possuidores de alguma patologia.

Todo esse processo se dá, de forma gradual e contínua. Daí a importância, fundamental, da presença dos pais/educadores, na vida cotidiana de seus filhos.

Nesta fase, é comum a posição crítica dos adolescentes em relação a sua vivência. Esse comportamento é perfeitamente natural, porque é nesta fase em que ele está elaborando suas escolhas, que não são, necessariamente, as mesmas transmitidas anteriormente pelos seus pais/educadores.

Surgem então, os conflitos de geração, pelo fato destes não terem todas as respostas (nem deve haver a intenção de tê-las), para um alto nível de questionamentos subjetivos de seus filhos.

A importância da psicoterapia, através da aplicação de técnicas específicas, visa então, ampliar a visão tanto dos pais como dos seus filhos, no sentido do autoconhecimento, para que esse adolescente possa desenvolver suas melhores escolhas frente ao seu novo momento de vida.

Por Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749