INFA RJ
Fique em casa
O INFA – Instituto da Família apoia o movimento “Fica em Casa” e segue a recomendação do Conselho Federal de Psicologia e
SUSPENDE AS ATIVIDADES PRESENCIAIS.
Muito obrigada à todos!
Dia das mães em 2020
Dia das mães em 2020
Por Ednéa Ornella
A Covid-19 fará com que o dia das mães seja comemorado com portas fechadas. Não haverá almoços em restaurantes nem ruas cheias de filhos carregando pacotes embrulhados em papeis coloridos ou flores arranjadas em lindos buquês. Em 2020, haverá um amoroso afastamento, contornado por conversas telefônicas e comunicações em redes sociais. Alguns filhos sentirão falta do cheiro de mãe e lamentarão o descaso do abraço dado em anos anteriores.
No dia das mães de 2020 se revive a experiência do antigo Israel, quando Deus mandou Moisés ordenar ao povo: “Nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã.” (Ex 12,22). O “amanhã” de 2020 será o final do tempo necessário para que cada um viva e permita ao próximo viver. Fique em casa! Viva o isolamento com fé e esperança no futuro.
A pandemia provocará muitas mortes, agravadas por mazelas que governos prometem erradicar, mas permanecem: pobreza, desemprego, moradias precárias e falta de saneamento básico. Deus interpela o ser humano e aguarda uma resposta humana. “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância.” (Jo 10,10). Na resposta não podem faltar verdade, justiça e paz.
A Covid-19 nos obriga a celebrar o dia das mães com movimentos de solidariedade, semelhantes aos que deram origem à data. Anna Maria Reeves Jarvis socorria soldados dos dois lados da Guerra Civil Americana, fornecendo alimentos e auxiliando no tratamento de doenças. Posteriormente, Jarvis organizou instituições solidárias chamadas de “Clube do trabalho diurno das mães”, cujos nomes, coincidentemente, exibiam a expressão “das mães”. As instituições tinham o objetivo de melhorar as condições sanitárias em que viviam as crianças pobres, afetadas por doenças como febre tifoide e cólera. Em 1872, Jarvis criou o “Dia da amizade das mães”, unindo mães e veteranos de ambos os lados da guerra para celebrar a paz. Estas festas não celebravam as mães, eram mães que se uniam para celebrar alguma coisa.
Com a morte de Jarvis,em 1905, sua filha Anna entrou em depressão e, para ajudá-la, algumas amigas organizaram uma festa em memória de Jarvis. Anna estendeu a festa a todas as mães, vivas ou mortas, com a ideia de que a celebração fortalecesse os laços familiares e o respeito pelos pais. Na primeira missa das mães, Anna enviou para a Igreja de Grafton 500 cravos brancos, oferecidos a todos, sendo dois cravos para as mães. Para Anna a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Este gesto se repetiu por anos. O cravo branco passou, então, a simbolizar a maternidade. Comerciantes passaram a vender cravos brancos no dia das mães. A popularidade da festa tornou-a uma atividade lucrativa o que desagradou Anna.
Assim, Anna se afastou do movimento e iniciou um protesto contra a comercialização do dia das mães, o que levou à sua prisão. Em sua revolta, falou: “Um cartão impresso não significa nada mais que você é muito preguiçoso para escrever para a mulher que fez mais por você que qualquer outra pessoa no mundo. E tortas! Você leva uma caixa para a Mãe – e então come tudo você mesmo. Um belo sentimento!”
Anna morreu pobre, em 1948, aos 84 anos, e nunca chegou a ser mãe. A história de Anna e de sua mãe é a história de “Eva”, “ser vivente” (Gn 3,20 – חַוָּה), “doadora de vida ao próximo”, história de mulheres cujos corpos apresentam, em seus fluxos menstruais e seios, sinais de que se importam com tudo que se refere à urgência da vida e às dores e sofrimentos humanos.
No Brasil, onde muitas “mães” como Jarvis e sua filha, se unem para celebrar a vida com ações de solidariedade, que se celebre, em 2020, mães que geraram filhos e mães que, através do amor, geram vida, com “pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza”. Celebre-se em 2020 as mulheres sensíveis à dor e ao sofrimento alheios, celebre-se as mulheres que abraçam a vida com urgência, pois sem a vida não há a Economia.
Carta aos Sócios Colaboradores
INSTITUTO DA FAMÍLIA
Associação civil filantrópica, sem fins lucrativo
CNPJ 42.146.738/0001-01
MARÇO 2020
Caríssimo(a) amigo(a)
Como Sócio(a) Colaborador(a), você contribui para manter o INFA-RJ no apoio a famílias pobres ou de poucos recursos que precisam de longo e caro atendimento psicológico; fonoaudiológico; psicopedagógico; assistência social; terapia ocupacional; jurídico; cursos de capacitação; dentre outros.
Como você sabe, o INFA-RJ oferece esses tratamentos a mais de 1900 pessoas por ano – metade são crianças e adolescentes, na maioria encaminhados por escolas públicas, conselhos tutelares e juizados de menores.
Os cinquenta e cinco profissionais que atendem a esses clientes nos três Centros de Atendimento do INFA-RJ não cobram pelas sessões de atendimento ou dos cursos ministrados a cada ano, apenas recebem dos clientes uma remuneração simbólica que mal cobre o almoço e a condução. Os gerentes que administram as três casas, os professores dos cursos e os membros da diretoria executiva são voluntários do MFC.
Portanto é muita doação de trabalho e tempo de pessoas dedicadas.
A manutenção dos funcionários, obras necessárias de nossos 03 centros, contas de luz e telefones, impostos são feitas com as contribuições de pessoas como você. A existência do INFA depende totalmente das contribuições dos sócios. Não pedimos verbas públicas que podem ser interrompidas a qualquer momento.
Veja neste link, Relatório Anual, como foi o desempenho do INFA no ano de 2019.
Agradecemos, continuamos contando com a sua generosidade e pedimos confiantes que convidem parentes, amigos, empresas para serem também sócios contribuintes, informando igualmente o nome, CPF, endereço, CEP e valor da contribuição mensal.
Fraternalmente
Diretoria executiva
Elenirce Melo Cardoso – José Airton Monteiro – José Maria Villela – Leila Aquino
Para depósitos especiais sem boleto bancário:
INFA – Conta Banco Itaú
,
Banco: 341 – ITAU Ag. 8417 – C/C 07901-2
CNPJ 42.146.738/0001-01
(Informe o seu depósito especial: infatijuca@hotmail.com)
Tel: 2567-9899
Nossa História
O INFA é uma associação civil filantrópica, sem fins lucrativos, com data de fundação em 2 de junho de 1971.
Um grupo de casais do Movimento Familiar Cristão – MFC reuniu-se para avaliar suas tentativas de ajudar outros casais e famílias em crise. Até então, esse tipo de apoio era oferecido por pessoas de boa vontade, com um certo jeito de conselheiros mas sem formação profissional para isso. Esse aconselhamento dava bons resultados, naturalmente.
A maior parte dos casos que surgiam eram de pouca gravidade. Com o crescimento da demanda, começavam a aparecer casos mais complicados. Os casais conselheiros, ainda que treinados para fazer o melhor, sentiam-se impotentes.
Era preciso dispor de uma instituição capaz de manejar esses problemas pessoais, individuais, conjugais e familiares, com profissionalismo, sem que se perdesse a inspiração original: o carisma do MFC, um movimento de laicos cristãos, comprometidos com a construção de um mundo mais justo em que todas as famílias possam se humanizar e realizar plenamente as suas funções essenciais.
Contatos com profissionais da área de psicologia permitiram desenhar o que seria essa instituição. Psicólogos que se identificavam com aquele carisma, também desejosos de colocar seu saber a serviço dos que precisavam, mas não tinham como pagar sessões de terapia em seus consultórios, dispuseram-se a dedicar parte do seu tempo ao INFA. Assim, nasceu o INFA Instituto da Família.
A instituição deveria ser laica, não confessional, para que profissionais bem formados se sentissem sempre livres para atuar de acordo com rigor ético, com base na sua ciência e sabedoria, sem condicionamentos doutrinários que pudessem influir no seu desempenho.
Dados da Instituição:
CNPJ 42.146.738/0001-01
Utilidade Pública Federal (Portaria MJ 588/04)
Utilidade Pública Estadual RJ (Lei 2698/97) e
Utilidade Pública Municipal do Rio de Janeiro (Lei 2370/95)
Missão e Objetivos
A missão do INFA é servir às famílias, especialmente as mais carentes, para que passem de condições menos humanas, para condições dignas de vida, em todos os seus aspectos:
– Social
– Econômico
– Emocional
– Cultural
– Espiritual
O Instituto da Família tem como objetivos:
a) Pesquisar e estudar, com base científica e interdisciplinar, as realidades sociais, econômicas, culturais, morais, espirituais, psicológicas e religiosas da família no mundo atual e a projeção destas realidades para o futuro, organizando e divulgando os resultados em documentação que incentive a promoção global da família e o fornecimento de meios para que ela possa ajustar-se às realidades em que vive.
b) Promover cursos, simpósios, seminários, debates, conferências, edição de publicações, recursos didáticos e outras atividades:
– para a comunidade em geral, visando:
* à orientação para a vida pessoal, familiar e social;
* à capacitação para integração ao mercado de trabalho
* ao desenvolvimento de habilidades e talentos;
* à prevenção da dependência química;
* à orientação para a maternidade e o planejamento familiar
* e outras atividades promocionais dessa natureza.
– para o aprimoramento da atuação de pessoas e entidades dedicadas ao atendimento terapêutico e aconselhamento familiar, visando:
* à elaboração e implementação de políticas sociais familiares
* à realização de programas da pastoral familiar.
c)Propiciar, preferencialmente à população carente facilidades para o atendimento médico, psicológico, psicopedagógico, fonoaudiológico, jurídico e outros, por profissionais habilitados, com vistas a superar problemas pessoais e familiares que exijam apoio profissional especializado nessas áreas.
d)Promover atividades assistenciais e de promoção humana para famílias, especialmente focadas nas crianças, adolescentes e idosos, carentes de alimentação, nutrição, saúde e instrução.
e)Manter intercâmbio com entidades congêneres nacionais ou internacionais.
Todas as atividades e serviços serão oferecidos pelo Instituto da Família à população sem discriminação quanto à sua faixa etária, posicionamento político, etnia, gênero, orientação sexual ou religiosa, bem como à pessoa portadora de deficiência.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo
Nós do Instituto da Família – INFA, acreditamos que a Fé torna tudo possível. Que a mensagem de esperança do Natal de Jesus Cristo renove nossa Fé para continuar trabalhando e partilhando no Ano Novo que se aproxima.
20º Encontro Nacional MFC (ENA)
O INFA NO 20º ENCONTRO NACIONAL DO MFC (ENA) CAMPO GRANDE – MS
DE 12 A 19 DE JULHO DE 2019
O Encontro Nacional do MFC (ENA) acontece a cada três anos em uma cidade eleita durante a assembléia realizada no encontro nacional.
O 20ª ENA aconteceu na cidade de Campo Grande no Matogrosso do Sul.
O ENA teve como tema “O MFC e sua prática humanizadora”. Seu lema teve como inspiração a frase de Madre Tereza de Calcutá:“ Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”.
Os eixos do encontro foram: 1- Formação Humana em seus diferentes âmbitos; 2- Expansão do MFC; e 3- Prática de solidariedade.
Na preparação para o 20º ENA, a gestão do MFC Nacional sugeriu que todos os estados, em que se faz presente, enviassem projetos relativos aos eixos do encontro e baseados no tema e lema do mesmo.
Sendo assim, foram enviadas diferentes práticas e realizações do/no MFC de muitas cidades do Brasil.
A cidade do Rio de Janeiro enviou o projeto do Instituto da Família- INFA RJ por esse ser um serviço do MFC à sociedade.
Dentre os vários projetos enviados, o INFA foi um dos escolhidos para ser apresentado aos participantes do 20º Encontro Nacional do MFC.
A partir da confirmação da seleção do projeto do INFA, muitas reuniões com as gerentes das casas e os membros da diretoria administra, foram realizadas para organização do material a ser exposto durante o encontro em Campo Grande.
Toda a exibição do material preparado foi apresentada pelo Diretor Financeiro José Airton; pela Gerente do INFA Tijuca Mariana; pela gerente do INFA Itanhangá (Tijuquinha) Mercedes; pela superintendente do INFA Elenirce e pela componente do Conselho Diretor Solange.
Dos oito projetos escolhidos para o encontro, o INFA foi o sétimo projeto a ser apresentado. Os demais projetos não selecionados, para exposição oral na assembléia do ENA, foram colocados em espaço reservado para exibição como pôster.
É importante ressaltar que os participantes do 20º ENA valorizaram muito o projeto do INFA. Muitas cidades nos procuraram e ficaram interessadas em iniciar a implantação do INFA em suas realidades.
A Recepção do/no encontro foi extremamente acolhedora já no dia em que chegamos. A partir do Aeroporto de Campo Grande recebemos o carinho e a atenção dos participamos do MFC local. Fomos levados para a belíssima sede do MFC da cidade. Lá nos ofereceram um apetitoso almoço. Passamos a entrar no clima do encontro ao nos depararmos com os amigos do MFC de várias regiões do Brasil.
A dinâmica do ENA:
A abertura oficial do ENA aconteceu no dia 13/07- sábado logo após o credenciamento.
O MFC Latino Americano também se fez presente durante todo o 20º ENA e a palavra GRATIDÃO foi a pedra de toque do evento.
Durante a abertura oficial do encontro tivemos uma linda interpretação do Hino Nacional acrescida, logo em seguida, da apresentação da belíssima Orquestra Sinfônica de Campo Grande.
Logo após a apresentação da Orquestra Sinfônica, assistimos a Missa celebrada pelo Arcebispo da Diocese de Campo Grande Dom Dimas Lara Barbosa e co-celebrada pelos padres assistentes do MFC que estavam acompanhando suas cidades.
Primeiro dia – 14/07 domingo
A cada dia os trabalhos eram iniciados com a entrada da delegação de um CONDIR (Conselho Diretor Regional do MFC) seguido por lindas celebrações litúrgicas preparadas pelo respectivo CONDIR.
No primeiro dia foi o CONDIR SUDESTE que utilizou como tema: À Luz da Palavra: Tu e tua Esposa.
Nessa celebração a reflexão girou em torno das dificuldades do mundo contemporâneo para a manutenção do amor em família no sentido de enfrentar tudo aquilo que desfigura a compreensão das diferenças e do amor.
Depois das orientações para o dia, foram apresentados os projetos: “Encontro das Famílias (Alagoas) e a grande novidade do encontro que foi o ENA MIRIM. Um ponto que merece destaque por se tratar de um trabalho de formação com as crianças filhos e netos de participantes do MFC. Essas crianças participavam de uma comunidade na qual discutiam temas atuais voltados para a sua formação, as ações concretas no âmbito familiar e das comunidades em que vivem. Tudo isso tecido por momentos lúdicos e apresentações posteriormente comentadas por quem as orientou na metodologia na comunidade Quati.
Em seguida às orientações e informes, a assembléia era convidada a discutir, trocar experiências das colocações do ENA Mirim e dos projetos apresentados. Além disso, apoiar e identificar os projetos que auxiliariam em ações em suas cidades. Desse m,odo todos os participantes se reuniam em comunidades.
Cada comunidade era composta pelos membros do MFC de diferentes estados incluindo os jovens. A despeito dos jovens, esses foram protagonistas durante toda a discussão nas comunidades. Inicialmente, eles orientaram as comunidades e depois observaram a participação dos membros dos grupos.
Na parte da tarde, a abertura dos trabalhos aconteceu com a apresentação das conclusões das discussões do ENA Mirim.
Nesse primeiro dia o tema das crianças foi: Eu e a Sociedade. Em seguida, quando as crianças se retiravam, a coordenação da comunidade do ENA Mirim realizava algumas provocações para que os participantes jovens e adultos se debruçassem na análise, perspectivas, proposições e conclusões do que foi colocado pelas crianças. Essas colocações serviam como uma reflexão de nossa ação nas famílias, nas cidades e/ou como temas a serem levantados nas equipes de base.
A seguir outro projeto era apresentado.
O segundo projeto apresentado foi o Projeto CRER SER do MFC de Ouro Preto –MG. Uma iniciativa individual com (re)planejamento e continuidade pelas equipes base do MFC. Todo o trabalho é realizado por voluntários e em algumas atividades inclui os pais das crianças assistidas.
Um projeto que atende 120 crianças de sete a dezessete anos, matriculados em escolas, com o objetivo de afastá-los dos riscos de situações de ócio, de violência, evasão escolar, prostituição e uso de drogas. Projeto iniciado em 2007 que além de ensinar atividades artesanais desenvolve o espírito de cidadania e convívio social. Esse projeto recebe ajuda do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente mediante aos projetos apresentados a cada ano ao mesmo.
Depois das discussões e partilha nas comunidades do ENA, voltamos para o auditório para a comemoração de 30 anos do SENJOV ( Secretariado Nacional de Jovens criado em Campo Grande MS no 10º ENA).
O jovem Kleber do MFC-AM fez a coordenação de todo o momento. Tivemos depoimentos de ex dirigentes do SENJOV, músicas, dados importantes para a reflexão da atuação dos jovens como protagonistas do/no/com o MFC.
Solange e Airton (RJ) também fizeram uma apresentação de uma pesquisa em um grupo de jovens (CJC) que iniciou seus trabalhos em 1968 e que se reune até os dias de hoje. Toda essa pesquisa está no livro “Encontrar-se para juntos caminhar: Juventudes, Amizades e Formação” editado pela CRV. De autoria da Solange. Livro que foi doado para cada CONDIR.
O representante dos Jovens do MFC Latino Americano também falou da importância da juventude participar do MFC e do SENJOV no Brasil.
Os jovens emocionaram a assembléia com sua participação e apresentação.
A finalização desse dia se deu com uma apresentação cultural representando a colonização japonesa na Cidade de Campo Grande.
Segundo dia do ENA – 15/07 segunda-feira
A apresentação da delegação do Norte nos emocionou em força, alegria e realidades locais. Com o tema Os filhos como Broto de Oliveira, A delegação convidou a todos a cantar a esperança de Deus. O povo que vive as dificuldades, mas que cresce e supera com vitória porque amamos um Deus da esperança. O CONDIR Norte trouxe a palavra do Pai que encoraja, impulsiona e supera todos
os obstáculos. Incluiu todas as regiões do MFC em sua liturgia trazendo a mensagem da união na busca de manter viva a esperança de um mundo melhor.
A seguir iniciamos as atividades com as orientações e comentários da metodologia do encontro e imediatamente foi apresentado o projeto Gota D’Água (Paço de Lumiar – MA).
Iniciativa de uma equipe base atendendo famílias moradoras de bairro desassistido. Esse projeto acontece a partir de oficinas ecológicas e outras atividades. Usam encontros, palestras, eventos lúdicos contando com apoio de parceiros e convênios. Envolvem crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Sensibilizam para compreensão das famílias para o cultivo e preservação de áreas verdes, canteiros ornamentais, medicinais e paisagismo. Além de gerar a produção de materiais para auxiliar na renda e crescimento da comunidade. Atendem a 100 famílias. Projeto que traz, não somente a consciência ambiental, como possibilidade de tessitura de pertencimento.
Também após a apresentação do projeto, fomos para as comunidades dialogar sobre as observações e as possibilidades no agir de cada cidade.
Prosseguiram, os trabalhos das comunidade, aconteceu a apresentação do Secretariado Nacional do SENFOR e SENJOV.
Após o almoço, as crianças do ENA Mirim apresentaram suas conclusões sobre o tema DEUS e a Igreja. Nova reflexão profunda sobre o papel das famílias na forma de apresentar e viver Deus no espaço familiar.
Nesse dia, os jovens também proporcionaram a experiência de nucleação juvenil para o MFC chamada Acampamento Jovem. Esse acampamento, com início numa sexta-feira e terminando no domingo, os jovens são levados a experimentar uma metodologia participativa que inclui gincanas, rodas de oração, luaus, bate papos, danças e práticas espirituais. Os jovens organizadores contam com a ajuda de toda a “juventude acumulada” – adultos – em diferentes momentos estruturais para que o acampamento aconteça.
Após a apresentação dos jovens, novamente nos reunimos nas comunidades. Nesse momento foi possível aprofundar as provocações das conclusões do ENA Mirim e perceber a beleza da juventude ao estar preocupada com as diferentes formas de nucleação.
Abertura da AGN também aconteceu nesse dia. O intralaços do SENJOV (comunidades de jovens discutindo temas elencados como de extrema importância pelos jovens do MFC brasileiro). Um dos temas foi pensado e orientado por Cacilda e Laércio do Rio de Janeiro que infelizmente não puderam estar presentes para dinamizá-lo junto aos jovens.
Os CONDIR’S; SENJOV E ENA MIRIM se reuniram e deram início aos trabalhos mais específicos de cada denominação.
O encerramento do dia aconteceu com outra apresentação cultural bastante emocionante com interpretação de canções diversas.
Terceiro dia do ENA – 16/07 terça-feira
A delegação do CONDIR Sul trouxe suas tradições e o tema da liturgia foi “Um rastro de Sofrimento e Sangue”. Trouxeram a realidade de que ao falar de família não se pode esquecer o sofrimento, o mal e a violência a que cada família está submetida.
Aqui, de forma envolvente e criativa trouxeram a reflexão sobre as ações da família MEFecista, de sua responsabilidade, defesa e luta pela família em todas as necessidades. Eles ressaltaram as famílias de imigrantes e de refugiados na busca da VIDA com esperança, acolhida e respeito.
Imediatamente após a liturgia do dia, a equipe de metodologia falou sobre o andamento do ENA e lembrou do processo participativo do mesmo.
O projeto apresentado após as informações e os rumos do dia foi o “Encontro de Corações”. Ele foi uma iniciativa das cidades de Maringá, Curitiba, Paranavaí e Londrina que promovem encontros de casais promovendo reflexões sobre a vida conjugal e familiar com o objetivo de auxiliar no diálogo, estreitar laços familiares removendo conflitos. Com esses encontros a nucleação para o MFC se torna uma realidade nessas cidades. Com início na sexta-feira e término domingo à tarde, em casas de retiros variadas o encontro promove uma partilha de sentimentos e desejos de ações concretas no seio familiar.
Nessa manhã, as comunidades discutiram suas experiências de diferentes tipos de encontros de casais e de famílias a partir desse projeto.
Após o almoço, o ENA Mirim apresentou suas discussões sobre o tema Família.
Foi muito significativo perceber que, mesmo se tratando de crianças filhos e netos do MFC, eles abordaram temas profundos que combatemos. Seja referente ao diálogo entre as gerações; seja do cansaço familiar, as agressões de diferentes formas, ou os distanciamentos.
Nesse momento a provocação das crianças ajudou bastante na discussão da noção de Igreja Doméstica em que o MFC sempre se debruçou. Aqui ficou claro o quanto ainda temos que caminhar para que a Igreja Doméstica seja uma realidade no aqui e agora do MFC.
Depois da exposição do ENA Mirim, pudemos desfrutar de uma experiência interessante em relação a famílias de segunda união. Projeto denominado “Bom Pastor”. (Paraná).
Esse projeto apresenta características de encontros de casais. No entanto, o processo traz como participantes casais que já foram casados na igreja pelo matrimônio e vivem em segunda união. O objetivo do projeto é trazer os casais e famílias para se inserir na igreja da comunidade para uma vivência de fé em que muitos já estavam distanciados por sua condição matrimonial não aceito por alguns documentos da Igreja ou por sofrer discriminações variadas em algumas comunidades religiosas.
Embora o MFC sempre estivesse como missão de acolher as famílias em sua diversidade, esse projeto além de acolher e refletir sobre o papel da Igreja no mundo contemporâneo, pode trazer mais uma maneira de possibilitar a nucleação de equipes base para o MFC. Isso porque esses encontros podem contribuir para o fortalecimento das famílias de segunda união em qualquer espaço.
Nas comunidades esse projeto foi bastante discutido. Até porque não podemos, como membros do MFC, temos que nos preocupar em não discriminar essas famílias e incluí-las na mística de Jesus Cristo de acolher todas as criaturas. E isso implica em não segregar em hipótese alguma essas famílias de segunda união e outros tipos de família.
Dando continuidade, a reunião da AGN continuou nesse dia. O Secretariado Executivo se apresentou para toda a assembléia.
Nesse tarde/noite também deu início a votação das propostas de mudança de estatuto que foram indicadas como necessárias para a mudança do estatuto. Além disso, toda a atividade correlacionada à dinâmica executiva do CONDIN se manteve durante esse momento do encontro. Ressalto que, nesse dia, o CONDIR Sudeste o qual o Rio de Janeiro faz parte passou a pasta para outros representantes para o triênio 2020-2023.
O encerramento do dia aconteceu com uma apresentação cultural que muito nos sensibilizou.
Quarto dia do ENA – 17/07 quarta-feira
Nesse dia já éramos uma grande equipe base. Muitos abraços, muitas conversas e brincadeiras entre todos. Uma grande família!
Assim, com uma acolhida com grande amor e solidariedade recebemos a delegação do CONDIR NORDESTE.
Sentimos a união, luta, beleza e o júbilo do povo nordestino. A liturgia preparada e participada nos trouxe “O fruto do próprio trabalho”. Tema com a belezura de interpretação em cordel, músicas, palavra e trabalho de nossas mãos como contribuição do humano na criação do divino. Fizeram toda a assembléia clamar por justiça, trabalho e dignidade de um povo tão sofredor. Fizeram todos repetirem a missão do cristão: transformar a realidade através de muita fé e anunciar a nossa voz de povo.
Procissão, ladainhas, cirandas, declamação, vestimentas de cada estado, músicas regionais, peregrinação e tantas outras manifestações foram realizadas para chamar o MFC para a caminhada da libertação e sermos sementes de uma nova nação.
Apesar de sabermos do sofrimento do povo nordestino a alegria dessa liturgia foi contagiante.
Tudo isso foi finalizado com um convite de toda a assembléia dançar um grande forró.
O projeto apresentado nesse dia foi: “Encontro das famílias: dia da Família” (AL). Esse evento foi uma iniciativa da cidade de Maceió. Todas as equipes base de Maceió se reúnem para uma ação com show, apresentações e informações. No entanto, são convidadas as famílias que não pertencem ao MFC. Assim, incluem na programação momentos de encontros de não MFCistas para realização de nucleação. São realizadas atividades de missa, jogos, simulações, teatro, reuniões e encontros, show musical e palestras.
Pela manhã, nas comunidades a discussão girou em torno da manutenção das equipes base e da nucleação. Muitas experiências foram relatadas e discutidas.
Na tarde da quarta-feira foi apresentado o ENA MIRIM com o tema Amigos e Comunicação. Outra grande reflexão do sentido da amizade nas e pelas crianças, a dificuldade de diálogo e a interferência dos celulares e computadores na vida das famílias.
Em seguida, foi o dia da exposição do nosso projeto INFA – RJ. A instituição como uma ação concreta do MFC a serviço da família e da sociedade.
A explanação aconteceu de forma interativa com os representantes do INFA e responsáveis pela a divulgação desse projeto na assembléia do 20º ENA. Expomos o que é o INFA, suas metas, as áreas de atendimento, a organização e manutenção do mesmo, o histórico da instituição, a estrutura organizacional, os dados de atendimentos, os centros de atendimento: Tijuca; Itanhangá (Tijuquinha) e Engenho de Dentro assim como suas especificidades, em cada casa, de seus cursos, atividades e atendimentos; os desafios burocráticos, os da crise do MFC no Rio e dos profissionais voluntários. Tudo isso somado as tantas provocações que não impedem, até o momento, do INFA/RJ ser esse milagre a serviço da humanização dos diferentes clientes os quais são a razão de sua existência. Apresentamos ainda alguns depoimentos. Além disso, chamamos a representante do INFA de Juiz de Fora e o de Pirassununga para falar de suas experiências. No final da apresentação outras iniciativas inspiradas na instituição INFA/RJ também se colocaram.
Nas comunidades discutiram a apresentação do projeto INFA e houve um grande interesse em conhecer mais sobre esse serviço do MFC às famílias e a sociedade.
Depois das comunidades a Assembléia pode participar novamente da AGN com a apresentação clara e transparente do SENFIM. Logo em seguida aconteceu a reunião dos CONDIR’s/SENJOV/EMC/ENA Mirim. Nessa reunião entre outros assuntos os CONDIR’s apresentaram os diferentes secretariados e tomaram providências em relação aos informes para o novo triênio.
O dia terminou com outra belíssima apresentação cultural.
Também aconteceu uma grande novidade no jantar: frequentar a Feira Central de Campo Grande. Um ponto turístico interessante no qual a tradição é comer o prato “SOBÁ” (Culinária tradicional Japonesa)
Quinto dia do ENA – 18/07 quinta-feira
Ao som de um berrante a delegação do centro-oeste deu início a sua apresentação e liturgia. O tema “A ternura do abraço” trouxe uma análise linda do quadro de Rembrandt A volta do filho pródigo.
Nessa liturgia a ternura se fez alicerce do cuidado, paciência e misericórdia de Deus para com nossas fragilidades e fraquezas. Nesse sentido, a oração foi na direção de uma Igreja Misericordiosa a qual incentiva a coragem de regressar a Ele qualquer que seja o erro cometido. Uma Igreja onde o amor do Pai acolhe e se alegra com nossa volta.
Uma assembléia que participou da liturgia com a beleza e felicidade da natureza nesse regresso. Toda representada com uma alegoria de pássaros da região distribuída pelo MFC de Campo Grande.
Após as orientações metodológicas do dia e os avisos gerais foi a vez da apresentação do projeto “Visita às Famílias”(MT). Nessa exposição foi colocado que as equipes da cidade e equipes de base visitam famílias que passam por diferentes tipos de dificuldades. Escolhem as famílias indicadas pela Pastoral Social ou por algum membro do MFC, como necessitadas de ajuda financeira, emocional ou mesmo que se sentem sozinhas. Assim, são realizados encontros de reflexão nessas famílias que partilham suas preocupações, vivências e desafios; são auxiliadas em suas necessidades materiais e são levadas a participarem do MFC. Além de ser uma proposta de evangelização, esse projeto traz a possibilidade de nucleação e de acolhimento e fortalecimento das famílias.
Outro ponto que merece destaque nessa manhã de encontro foi a exposição da maneira como aconteceria o ENA MIRIM na parte da tarde. De forma bem didática e interessante as pessoas encarregadas da dinâmica da comunidade Quati (das crianças) informaram e prepararam a assembléia sobre a apresentação dos resultados da pesquisa que os pequenos realizaram durante todo o ENA nos intervalos do café da tarde.
Ou seja, em cada dia, as crianças, com pranchetas na mão, entrevistavam os participantes do encontro. Verdadeiro exercício de ação e reflexão sobre o que pensam os adultos sobre temas relativos ao que discutiam diariamente.
No mesmo dia, o SENJOV também apresentou suas análises em relação as observações realizadas nas comunidades. Isso foi possível porque cada jovem, no papel de observador, preenchia uma pesquisa a partir de suas observações da participação dos adultos durante as discussões e reflexões nas comunidades em que estavam inseridos.
Desse modo foi possível um rico material. A partir de uma análise geral desse material e da participação de todos no ENA, a equipe do CONDIN pode estudar toda essa pesquisa elaborada a fim de auxiliar em novas ações do MFC local, regional e nacional.
O resultado dos dois trabalhos de pesquisa (ENA MIRIM e dos Jovens) foi apresentado após o almoço. Em seguida o SENJOV trouxe uma grande reflexão humanizadora para novos passos do/no/com o MFC.
Nesse dia o MFC presente ao ENA também pode realizar um divertido leilão de um chapéu nordestino usado e doado por um dos participantes de Alagoas A finalidade desse leilão foi para somar a uma arrecadação financeira para doação a uma instituição de Campo Grande que cuida das crianças com HIV/AIDS. Além dessa arrecadação financeira com o leilão e de toda a assembléia, teve também a de mantimentos. A Irmã responsável pela instituição agradeceu e se emocionou com esse gesto concreto de todos os participantes do MFC no ENA.
A partir das 17 horas e 20 minutos foi instaurada a AGN com o propósito de votação e posse da coordenação do CONDIN para o próximo triênio. Sendo reeleito o casal Rubens e Rosana.
Depois tivemos o encerramento Oficial do 20º ENA. E uma linda e gostosa surpresa de uma recepção com jantar dançante em um Clube de Campo Grande.
Sexto dia do ENA – 19/07 quinta-feira
Dia reservado para outra surpresa: conhecer a cidade de Campo Grande.
Nesse dia o MFC de Campo Grande nos acompanhou em um turismo local sobre a história e belezas da cidade.
Foi um grande momento de valorização da cidade de Campo Grande. Nossos agradecimentos ao CONDIN e ao MFC dessa bela cidade tão hospitaleira e acolhedora.
Evidenciamos também a recepção de cada dia no local do encontro e a organização do evento. A equipe de alimentação e hospedagem também foi impecável.
O horário das refeições trazia o gosto do cuidado e a atenção de quem preparou.
Durante todo o encontro o encontrar-se para juntos caminhar esteve presente. A cidade acolhedora e animada de Campo Grande além de possibilitar o bem estar de todos no encontro, até com cuidados médicos e profissionais ligados à saúde, fez brotar a chama ardente de continuar na prática humanizadora do MFC Nacional e Latino Americano e, em especial do INFA/RJ.
A equipe do Rio de Janeiro, representada por Elenirce, José Airton, Mariana, Mercedes e Solange, pode refletir sobre a nucleação do MFC na cidade e no estado; sobre o papel do INFA/RJ e da importância dos membros do MFC de nossa cidade assumir algumas funções importantes dentro da estrutura do MFC.
Airton e Solange, a convite da Jane e José assumiram o auxílio na Formação do CONDIR Sudeste; Mercedes e Jorge auxiliarão a equipe de Nucleação também do CONDIR Sudeste e Mariana e Mercedes ficarão na representação do MFC do Estado do Rio de Janeiro até uma assembléia geral do MFC RJ.
Finalmente, a atuação dos jovens e o ENA MIRIM foram o NOVO que se fez concreto no encontro nacional do MFC. O INFA plantou sementes, e os seus representantes que lá estiveram saíram desse ENA pensando no seu lema inspirado em Madre Tereza de Calcutá: “Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”.
Para tanto, já temos reuniões marcadas para estabelecer algumas estratégias e, junto com a representatividade do INFA e/ou do MFC da cidade do Rio de Janeiro, decidir como será o repasse do ENA, sua continuidade e estabelecer metas para nucleação e formação em nosso Estado.
A cidade de Rio Grande no estado do Rio Grande do Sul foi eleita para sediar o 21º ENA.
Então, o convite já está feito para quem trabalha no INFA/RJ e para todos os membros do MFC.
Solange Castellano Fernandes Monteiro
MFC/ RJ
Equipe Base Hélio e Selma Amorim.
Membro do Conselho Diretor do INFA
*As imagens foram de acervo pessoal e algumas retiradas da página do Facebook do MFC Nacional. Todas as imagens servem apenas como ilustração do texto.
Conheça o INFA RJ e sua Estrutura
Acesse a apresentação abaixo e conheça um pouco mais sobre o INFA RJ e sua estrutura.
Você também pode saber um pouco mais ,sobre nossa Instituição acessando nosso link Quem Somos e Nossa História.
Dia das Mães – 2019
Dia das Mães
Por Miriam Assis
Dia das Mães! Salve!
Começo assim:
A minha doce filha, tem o DNA de mina alma.
Não foi o caminho do sangue que falou mais alto, e sim o caminho do meu coração.
Fui agraciada pela Lei de Deus. A Lei do Amor!
E, assim…Um sonho realizado!
Um tesouro na minha vida! Uma riqueza!
A todas as mães que tiveram esta graça, recebam o meu afetuoso abraço.
Deus nos abençoe!
Liberação das armas: uma reflexão teológica
Liberação das armas: uma reflexão teológica
Jornal do Brasil
MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER*
Em 2005, chorei e lamentei o resultado do plebiscito. Depois de lutar em várias frentes pelo fim da liberação do posse de armas e de sua comercialização, tive que amargar, junto com outros tantos, a derrota por larga margem. Os que defendiam a comercialização de armas e sua posse venceram.
Agora, o presidente assina o decreto que legitima não só a posse de arma, chegando a facultar a uma mesma pessoa possuir até quatro armas de fogo. O choro e o lamento recrudescem com mais força. Parece que o Brasil caminha cada vez mais célere em direção a converter-se em um país bélico e violento.
São de impressionar os argumentos para o decreto que legitima posse de armas. Embora os defensores desta medida digam ser uma iniciativa que mitigará a violência, isso é conhecido e largamente desmentido por todas as estatísticas. Mais armas geram mais violência e também mais mortes. Que o digam as mulheres, cujos assassinatos proliferam exponencialmente no país e que agora terão que conviver com companheiros não apenas violentos e agressivos, mas armados. As mortes de mulheres certamente vão aumentar no Brasil com essa medida.
Mas há mais: armas de fogo, letais e mortíferas, são comparadas a carros, que podem ter acidentes, e a liquidificadores, que podem machucar dedos de crianças. Creio que há uma profunda diferença entre os objetos comparados aqui. Um carro tem a finalidade de transportar. Se mal dirigido ou se abalroado por outro veículo ou qualquer outra causa, pode sofrer um acidente e eventualmente provocar ferimentos e morte. Um liquidificador é um eletrodoméstico que tem a finalidade de fazer sucos ou vitaminas com vários legumes ou sopas etc. Eventualmente, se uma criança escapa do controle da mãe ou do responsável e coloca o dedo em seu motor, pode machucar-se.
Já arma de fogo tem como finalidade ferir e matar. Este é o seu objetivo e para isso será usada. Quando portada por um adulto, pode atirar em legítima defesa ou por vingança, ou outro qualquer motivo. Mas quando manipulada por uma criança, pode transformar o que era uma inocente brincadeira em uma tragédia sem tamanho. Não pretendo aqui repetir as inúmeras análises já feitas brilhantemente por tantos jornalistas e comentaristas das mais diversas áreas. Restrinjo-me à minha área de conhecimento, que é a teologia cristã. E pergunto: como pode um governo que tanto valoriza o Evangelho, que reivindica em várias situações e várias instâncias o respaldo de Deus para suas decisões e ações, tomar medidas que vão em direção contrária a tudo que a Palavra de Deus proclama com força e insistência? A liberação da posse de armas contraria as propostas mais centrais do Evangelho de Jesus e, portanto, da Bíblia cristã.
O uso de armas, quaisquer que sejam elas, sempre foi questionado pelo Deus da Revelação cristã e radicalmente condenado por Jesus de Nazaré, em quem os cristãos reconhecem o Filho de Deus e Deus mesmo. Em momento algum de sua pregação e ministério, Jesus solicitou ou permitiu aos que o seguiam como discípulos que apelassem para a violência. No Jardim das Oliveiras, já bem próximo à sua prisão, o Mestre repreendeu a atitude dos discípulos que faziam uso da espada. E esse texto se encontra em mais de um evangelho: “Embainha a tua espada”, diz João 18,10; “pois todos os que tomam a espada morrerão pela espada”, dirá Mateus 26,52. A mensagem é clara: não pode ser instrumento de salvação o que traz a morte.
Muito significativa ainda é a atitude de Jesus relatada apenas em Lucas 22,49-51: diante da pergunta dos seus, “Senhor, devemos ferir com a espada?”. E, à ação de usá-la decepando a orelha do soldado romano, Jesus respondeu curando o que foi ferido, mesmo sendo um “inimigo”. Trata-se de reação não apenas de repreensão. Mais ainda: de reparação que o Mestre, às portas da morte, assumiu diante da tentativa de violência praticada por um dos discípulos. Com isso vemos o Evangelho dizendo: não basta não concordar com a violência e não portar instrumentos que a provoquem e efetuem; é necessário reparar seus danos, curar suas feridas. Jesus diz “Basta”. Trata-se aqui de um “basta” a toda e qualquer tentativa de violência, mesmo que seja na melhor das intenções, que no caso dos discípulos, era de salvar o Mestre dos soldados que vinham prendê-lo.
A mim, particularmente, em todos os episódios que antecederam a assinatura do decreto, chocou-me a atitude de padres que defendem o porte de armas e que entram em escolas de tiro para aprender a usá-las. Argumentam que atirar em legítima defesa é moral, porque mata não um inocente, mas um agressor. E exortam os fiéis a liberar-se do complexo de culpa e da ideologia pacifista.
Com todo respeito, creio que sobre isso o Evangelho é bem claro. Para um cristão, a violência não se justifica nunca. E se queremos – como é fato – que a segurança e a paz reinem em nosso país, o caminho certamente não é o de facilitar venda e posse de armas. Mas sim trabalhar para que haja mais justiça, a fim de que haja menos violência. Como já dizia São Paulo VI: “O desenvolvimento é o novo nome da paz. Justiça e paz andam de mãos dadas e não se pode construir uma sem a outra”.
* Professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio, autora de “Mística e testemunho em Koinonia” (Editora Paulus)”
O artigo “Liberação das armas: uma reflexão teológica” de Maria Clara Licchetti Bingemer foi publicado em 28-01-2019 no Jornal do Brasil – RJ.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo – 2018
Feliz Natal e Próspero Ano Novo – 2018
A Família INFA, agradece à todos vocês o carinho e a parceria!!!!
Atividades no INFA- Tijuca
Atividades no INFA- Tijuca
Com o intuito de colaborar com o processo educativo e social do INFA, temos tido experiências realmente gratificantes em troca do excelente trabalho prestado por nossos profissionais.
Em dezembro do ano passado, por exemplo, fomos brindados com um verdadeiro presente de Natal: Gilda Palhares, coaching nas áreas de Administração Empresarial e Psicologia Positiva e Integração, compartilhou com o time do INFA- Tijuca sua experiência tendo desenvolvido com toda a equipe de profissionais, gerência e secretaria uma proposta para após terem detectado eventuais problemas ou insatisfações aprender como otimizar o funcionamento da instituição.
Houve novo encontro em março tendo como tema “Diagnóstico de Percepção das Equipes INFA- Tijuca”, quando se deu o “fechamento” da proposta, e a avaliação do que teria que ser ou não alterado.
A notícia de que teríamos uma palestra sobre autismo no INFA- Tijuca despertou enorme interesse entre os profissionais da Casa. O encontro se deu no dia 20 de agosto último com a apresentação da professora e pedagoga Maria Regina Barbosa Angeiras.
Na capa de um de seus trabalhos, a palestrante anotou ”Você nunca sabe a força que tem, até que a sua única alternativa é ser forte”. Nada mais parecido com sua própria vida. Penso que seja este o seu lema.
Maria Regina teve durante toda sua vida uma espécie de preparação para o que hoje faz dela uma profissional competente e respeitada. De uma simples professora do Ensino Fundamental à proprietária e diretora de uma escola, em que são atendidos alunos normais e outros com alguma deficiência. Sua vida mudou de rumo quando seu neto foi diagnosticado como autista. Ao invés de recolher-se, assumiu a responsabilidade de cuidar e de procurar ajuda para conviver com o inesperado. Através de pesquisas, estudo, consultas e, sobretudo fé, ela trilhou um caminho de superação, que atualmente serve de exemplo.
Sua palestra foi de extrema importância para os profissionais da área e para os que têm dúvidas de que para alcançar o objetivo, há que não esmorecer. Ou, se preferir: “A fé remove montanhas”. É o caso.
Lenyr Mesquita de Barros
(Professora, pedagoga e voluntária no INFA)
Nossa homenagem à Guilhermina dos Anjos
Nossa homenagem à Guilhermina dos Anjos
Em agosto de 2018 a nossa amiga partiu, nos deixando definitivamente, contudo não a esqueceremos jamais.
Ela foi uma pessoa dedicada ao trabalho voluntário, em prol do bem estar das pessoas, uma das pioneiras na criação do Movimento Familiar Cristão no Rio de Janeiro – MFC/RJ.
Posteriormente associada a outros membros do próprio MFC foi uma das idealizaram do que hoje é o nosso INFA, onde desenvolveu diversos trabalhos assistencialistas, sempre com muito entusiasmo, como era próprio de sua personalidade.
Tendo ocupado varias funções nos Centros de Atendimento no INFA.
Atualmente ela exercia a função de Conselheira, onde permaneceu até o último dia de vida.
Crônica – Experiência como secretária
Crônica – Experiência como secretária
Foi assim mesmo que aconteceu.
À noite, Mariana Miranda, gerente do INFA- Tijuca, me telefonou pedindo ajuda. O secretário faria uma cirurgia dentária na manhã seguinte e não havia quem o substituísse, já que a secretária do período da tarde teria uma prova na UERJ.
Pronto! me dispus a secretariar, afinal não poderia ser um bicho de sete cabeças. No dia, portando um livro e o jornal, achando que talvez eu tivesse tempo livre me dirigi ao local. Ao primeiro toque da campainha do portão, fiz o óbvio: apertei o botão, que…tam tam tam tam, não abriu. Como assim? já fiz isso antes. Felizmente, uma das profissionais tinha a chave e veio em meu auxílio. Pouco tempo depois, ouço pelo interfone a voz de um senhor me pedindo para usar o toalete. Que estranho, pensei. Fui ao portão e lhe expliquei que o local era para uso exclusivo dos clientes. Como eu fosse substituta e não soubesse as regras da casa, não poderia abrir exceção.
Antes que eu pudesse desfrutar do meu livro, um motorista do ônibus que faz ponto em frente ao nosso portão, pelo interfone, me pediu permissão para encher um galão d´agua para pôr no motor. Como a mangueira fosse fora do prédio, não me furtei à permissão.
Nesse ínterim, o fone do gancho do interfone se recusava a encaixar no aparelho, parecia que havia óleo e por mais que eu tentasse nada. Meu Deus, o que é isso, Lei de Murphy?
Você pensa que acabou? Que nada: o baleiro tocou a campainha pra pedir um copo de plástico vazio. Aff!. Por último, apareceu uma senhora à procura de informações sobre os serviços prestados pelo INFA. Por ter sofrido um trauma, sua filha estava deprimida e ela temia que a moça se suicidasse. Quem é mãe sabe o quanto dói a dor de um filho. O mínimo que eu podia fazer era ouvi-la e lhe transmitir calma e compaixão até que, instintivamente, me levantei e a abracei. Tomei nota de seus dados e pedi que ela voltasse em outra ocasião para tentar com o serviço social marcar consulta com um psicólogo. Ao se despedir, enxugando as lágrimas a senhora disse: “Que bom eu ter vindo, eu precisava tanto desse abraço”
Detalhe, quando a secretária da tarde ouviu meu relato sobre os diversos imprevistos pelos quais eu havia passado, surpresa exclamou: ”Nossa, NUNCA aconteceu isso antes!”
Começo a achar que fui submetida a um “test drive”.
Lenyr Mesquita de Barros
Jogos Eletrônicos, como devo negociar o tempo de permanência do meu filho(a), na Internet?
Por Andrea Queiroz Silva
Sabemos que nos dias atuais as crianças estão cada vez mais interessadas em jogos eletrônicos, e que estes se atualizam de forma veloz, na rede.
A pergunta que precisamos fazer é: Que “ganho” significativo as crianças terão ao passar horas na frente dessas pequenas telas?
A resposta a essa pergunta nos traz reflexões importantes, no que se refere a diminuição da capacidade crítica e dialogal a que essas crianças ficam expostas, quando imersas em grande parte do seu dia, se dedicando a histórias pré dirigidas, ou seja, pensadas para mantê-las cada vez mais interessadas e dependentes deste “mundo virtual”.
A capacidade de desenvolvimento social, destas crianças tendem a ficar afetada, ou seja, a construção das idéias, a formação semântica, a estimulação à vida de relação, todas essas características que fazem parte, também, da aprendizagem no seu sentido global, ficam pouco estimuladas, no sentido do uso da capacidade cerebral. Portanto, o uso supervisionado dessa tecnologia, precisa ser “calculado” para que haja tempo no próprio “tempo da infância”.
Pais, responsáveis e familiares, o resgate das brincadeiras ao ar livre é um grande e saudável convite aos seus pequenos. Vamos Brincar?
Por: Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749
O que é a Arteterapia?
Por Andrea Queiroz Silva
Arteterapia, palavra ampla em sua significação, ao primeiro contato, surgem algumas indagações, porém com o aprofundamento na sua proposta, percebe-se a multiplicidade de fatores que levam a sua dinâmica ser baseada na descoberta do ser, através do fazer criativo.
Muitas vezes o ser humano se coloca de forma tão singular, que não acredita ser capaz de levar “vida” a própria vida, e a Arteterapia vem com sua característica própria descobrir esse novo ser através das suas variadas técnicas, em meios aos materiais expressivos, oferecendo desafios e conquistas.
Na singeleza do papel, no caminho do grafite, na maleabilidade da argila, juntamente com a vontade de mudança do ser, a Arteterapia promove o encontro consigo mesmo, ou seja, remetendo o indivíduo a seu próprio eu, possibilitando a compreensão e a integração de aspectos ambivalentes de sua estrutura psíquica para a promoção do bem estar e qualidade de vida.
Cria-se, recria-se, através do sentir e ao longo do tempo, tende a promover auto-estima, concentração, atenção, criatividade, dentre outros aspectos.
A arte, por si mesma, vai além das vibrações físicas porque trabalha com energias criativas e ao dar forma ao material, o indivíduo inicialmente precisa organizar seu pensamento no planejamento do que será feito, entrando em contato com suas próprias escolhas ou experimentação dos materiais oferecidos.
Ao tocar o material, o indivíduo, que se propõe a terapia, busca reconhecê-lo em sua extensão, fragilidade e mobilidade, cor, dentre outros aspectos, dando-se conta de como a sua criatividade, influencia na transformação do material.
Ao som de uma música, por exemplo, o indivíduo poderá se reportar a lembranças, e poderá entrar em contato com sua história, promovendo contatos com suas defesas e desafios para o seu desejo de mudança.
A Arteterapia, a terapia através da arte, promove autoconhecimento, melhorando a qualidade de vida do indivíduo, formando novas estruturas psíquicas, por meio da criatividade e do contato com seus próprios sentimentos, acessando novas conexões cerebrais, por isso, também, ela é indicada para crianças, adultos e idosos, e especiais.
Por: Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749.
Adolescência: muitos caminhos, grandes transformações
Por: Andrea Queiroz Silva
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a adolescência é o período que se estende dos 10 aos 19 anos de idade. E não engloba apenas transformações físicas, mas também todo o processo de mudança e adaptação psicológica, familiar e social a essas transformações.”
O tempo da adolescência, precisa ser visto como um processo que diferencia o espaço de tempo entre a infância e a vida adulta, e que apresenta características determinantes de diferenciação.
Dúvidas, incertezas, pertencimento social são sentidos durante grande parte desse processo do desenvolvimento.
Como escolher de onde vem essas alternativas, senão das vivências previamente experienciadas pelas etapas passadas de vida, caracterizado pelo “modelo” parental.
Sonia Alberti, no seu livro intitulado, O adolescente e o Outro, nos diz que “não há escolhas que prescinda de indicativos, direções, determinantes que lhe são anteriores”.
As primeiras referências sociais do indivíduo são percebidas desde tenra idade, através das informações sensoriais e do desenvolvimento da linguagem, a partir das associações e entendimentos do que lhe é transmitido, formam-se as estruturas do pensamento, com exceção, aos indivíduos possuidores de alguma patologia.
Todo esse processo se dá, de forma gradual e contínua. Daí a importância, fundamental, da presença dos pais/educadores, na vida cotidiana de seus filhos.
Nesta fase, é comum a posição crítica dos adolescentes em relação a sua vivência. Esse comportamento é perfeitamente natural, porque é nesta fase em que ele está elaborando suas escolhas, que não são, necessariamente, as mesmas transmitidas anteriormente pelos seus pais/educadores.
Surgem então, os conflitos de geração, pelo fato destes não terem todas as respostas (nem deve haver a intenção de tê-las), para um alto nível de questionamentos subjetivos de seus filhos.
A importância da psicoterapia, através da aplicação de técnicas específicas, visa então, ampliar a visão tanto dos pais como dos seus filhos, no sentido do autoconhecimento, para que esse adolescente possa desenvolver suas melhores escolhas frente ao seu novo momento de vida.
Por Andrea Queiroz Silva
Psicóloga e Arteterapeuta
CRP: 05/30749
17º Aniversário do INFA Itanhangá
O INFA Itanhangá convida você para comemoração do seu 17o aniversário!!
No dia 4 de agosto será realizado o Coquetel Dançante, em comemoração do 17º aniversário do 3º Centro de Atendimento do Instituto da Família, sonho de membros do Movimento Familiar Cristão, que tiveram a brilhante ideia de criar também este INFA, com o objetivo de atender uma parcela da sociedade do R.J.
Venha participar de mais um ano de um sonho realizado.
“Sua presença é muito importante para nós”
Local: Baby Beef – Av. das Américas, 1510 – Sábado 04/ 08/ 2018 das 19:00h às 22:00h
Valor por pessoa R$ 50,00 – Estacionamento grátis por 3 horas.
Musica ao vivo, caldos, petiscos diversos. Bebidas não inclusas
Informações pelo telefone: 3154-2003
Uma reflexão sobre a Paz com base em textos Bíblicos – Por Ednéa Ornella
Dia mundial da paz!
Em Simpósio sobre a paz na PUC-Rio, três diferentes autores fizeram apresentações sobre o tema. Cito Luíza Maria Varela Almendra, da Universidade Católica Portuguesa, com “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.” (Jo 14,27), no qual condensa os horizontes do testemunho e desafio deste texto para uma cultura da paz.
O autor de Jo 14,27 se encontra no ambiente de despedida de Jesus, que sabe que será morto e que seus discípulos ainda não entenderam TUDO. Assim, Jesus oferece aos discípulos palavras que deem a eles uma garantia de um futuro com Ele. É bom ler uma parte maior do texto na Bíblia, pois Jo 14,27 nos transporta para um horizonte de paz, sem deixar de mostrar o momento do conflito: Jesus estava para ser entregue e morto na cruz, por isso acrescentou: “Vou, mas voltarei a vós.” (Jo 14,28). É um texto de Revelação Divina, uma “extraordinária travessia onde Deus e o ser humano tecem uma história de Salvação”, uma história que acontece sempre entre Deus e o ser humano e entre os seres humanos entre si, na qual a paz e o conflito são onipresentes.
Nesse sentido, Jo 14,27 nos convida a compreender o mundo, a justiça e a paz que “deve refazer-se permanentemente, tal como se refaz em cada dia a nossa compreensão da Palavra de Deus, ou seja, não se deve esquecer o início do conflito das relações no Paraíso, com Adão e Eva: Deus deu tudo ao ser humano para uma felicidade completa e plena, deu a paz e a harmonia, mas o homem se sentiu desafiado a igualar-se a Deus e iniciou um conflito que o levou a ser expulso do lugar de harmonia e paz na vida e nas relações.
Conscientes disso, devemos procurar construir horizontes de reconhecimento e transformação, que conduzam a paz, como um dom de Deus e de Jesus Cristo.
Como fazer isso?
Luíza Maria Varela Almendra revisa a semântica bíblica da paz em diversos outros textos, separando as dominantes temáticas relevantes, citando particularmente A. Wénin, autor que vai além da dinâmica de paz/conflito bíblico e explora, a estratégia narrativa dos caminhos de reconciliação em Ez 37,15-28, no qual o profeta Ezequiel revela a memória ainda bem viva da ferida causada pela separação entre o reino do norte e o reino sul, após a morte de Salomão (722 a.C.), ou seja, A. Wénin mostra um horizonte bíblico de transformação do conflito.
Luíza Maria Varela Almendra fala do desafio de assumir o egocentrismo que divide, utilizando o texto em que Roboão, filho de David, recusa-se a entender a proposta das tribos do norte, fazendo com que as tribos do Norte escolham Jeroboão como rei (cf. 1Rs 11,9-11); fala da dificuldade que se tem de saber reconhecer os medos de alteridade e diferença citando a narrativa de Torre de Babel (Gn 11) em que os homens falam “diferentes línguas” e não se entendem, acabando por criar divisões; e ainda como se pode acreditar no caminho lento da paz e da fraternidade entendendo o relato de Caim e Abel, que ensina que, em relação à dinâmica de paz/conflito fraterno, para se construir, deve-se aprender a “atravessar a prova da cobiça e da avidez…” E, ainda, como depois de Caim e Abel, “o horizonte será sempre o mesmo para Abrão e Lot, Ismael e Isac, Esaú e Jacó, Jacó e Labão, Lea e Raquel, José e os seus irmãos.
Segundo A. Wénin, o “pão cotidiano da fraternidade é a tensão, a oposição e o conflito”, assim, a paz fraterna requer maturação dos seres humanos adultos para se atravessar os conflito, as divisões e as reconciliações.
Como fazer isso?
Vislumbrando o papel crucial de Cristo, com a única história de salvação que ilumina o caminho do ser humano deixada solenemente por Jesus: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, a dou, a dou não como o mundo a dá. Não deixeis que o vosso coração se perturbe, nem tenhais medo.” (Jo 14,27)
Neste texto, o autor bíblico usa a palavra paz (ειρηνη, eirênê, em grego) pela primeira vez, “um tesouro guardado para este momento particular”. Jesus oferece aos discípulos a certeza de que não ficarão sós, Ele estará com eles nos momentos difíceis de dor, injustiça, perseguição etc. Quando Jesus fala “a minha paz”,
Ele quer falar sobre o modo e a natureza da paz que deixa, não é uma paz qualquer, mas a força e a serenidade interior Dele e a Sua confiança absoluta no Pai, que manterá no ser humano a serenidade e a força para enfrentar o conflito, que deve ser enfrentado da mesma forma como Jesus enfrentou seus algozes: sem confusão, sem perturbação, com serenidade e sem medo.
A paz de Jesus é um dom, não é a paz do mundo: uma paz de falsas promessas, de segurança e dos fins aparentes de conflitos.
A paz de Jesus vem do coração da Sua vida (cf. Jo 14,19), do seu amor desmedido (cf. Jo 14,21.23), da sua alegria (cf. Jo 15,11; 16,22), é a paz do Dom da própria vida dada até o fim (cf. Jo 17,13), a paz do amor crucificado e consumado entregue nas mãos do Pai (cf. Jo 19, 30).
Mensagem Natal 2017/2018
Feliz Natal!
O Natal é Encontro, é Paz, é Dom
O Natal é Humildade, é Justiça, é Graça
O Natal é Luz, é Gozo, é Verdade
O Natal é Amor
Fato &Razão nº88
Em nome das 2.500 pessoas atendidas pelo INFA em nossos 3 centros, vimos agradecer seu apoio desejando um Natal de PAZ e AMOR. Que as bênçãos desse tempo se irradiem por todo ANO NOVO.
INFA – Resgate de uma História
INFA – Resgate de uma História
Realizamos no dia 05 de agosto de 2017 um animado evento no Salão de Festas do Clube Náutico Mandala, tendo como objetivos resgatar a história do INFARJ e homenagear todas as pessoas que foram decisivas para a criação, implantação e manutenção do nosso querido instituto da Família.
Desta forma expressamos a nossa eterna gratidão a essas pessoas pela maravilhosa iniciativa, abrindo este caminho solidário, para a prestação de serviços a sociedade dentro dos princípios Cristãos que sempre nos guiam.
Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para o sucesso deste evento!!
As fotos do encontro, estão disponíveis, no link Eventos
Nossos Informes – Maio 2017
Missa em Memória de Hélio Amorim, realizada em 22/05/2017
A família e o INFA agradecem o carinho de todos. No dia 22 de maio de 2017, as 19:00 horas, parentes amigos e as pessoas de sua relação, se reuniram para a missa que foi celebrada em sua intenção, na Igreja São Francisco de Paula, localizada na Praça Euvaldo Lodi, s/n. Jardim Oceânico, Barra da Tijuca- RJ.
Mensagem de dia das mães
Mensagem de dia das mães
Autor desconhecido
Texto cedido por Nancy, Gerente Técnica do Infa-Itanhanga
Com todo o amor e carinho de
MÃE só tem uma. ..mas é tudo igual.
MÃE espera o telefone tocar,
MÃE espera campainha tocar.
MÃE sempre espera.
MÃE espera resultado do vestibular, espera o carteiro.
MÃE moderna espera email. Mas espera.
MÃE chora em rebelião.
MÃE chora se o filho e messias ou bandido,
MÃE CHORA AO PÉ DA CRUZ.
MÃE tem sonho, préssentimento.
MÃE tem sexto sentido e sétimo, oitavo, nono e décimo.
MÃE não faz sentido (para quem não é mãe).
MÃE acredita.
MÃE não pode ser testemunha no tribunal,
MÃE fica assustada quando lê notícias de assalto, de acidente, de briga.
MÃE adora ouvir o barulho da fechadura quando o filho chega.
MÃE não está nem aí para o que os outros pensam.
MÃE FOGE PARA O EGITO, MONTADA NUM BURRICO!
MÃE não aceita desculpas do tipo “Se os outros podem, por que eu não posso? ”
MÃE responde: “Os outros não são meus filhos”.
MÃE ama. Ama incondicionalmente!
Porque, se é mãe, já se sabe o que ela ama.
A culpa é da mãe, dizem os freudianos superficiais. Os verdadeiros freudianos sabem quem, sem mãe, nada feito.
Uma amiga costuma dizer:
“MÃE É DE AÇO”.
A frase é interessante, porque o aço é uma liga de ferro e carbono.
Ferro é o símbolo da força; carbono é o elemento presente em todos os organismos vivos.
A mãe constitui a liga entre a fragilidade e a força do indivíduo.
Não há algo mais vulnerável e mais sólido que a maternidade.
Mensagem de Páscoa
O POETA SEM ARMAS
Por Júlio Guedes
NESTE MESMO PERÍODO,
EM UM TEMPO LONGÍNQUO,
UM POETA REUNIA SEUS DISCÍPULOS
PARA RETRATAR UMA TRAIÇÃO
QUE LHE SERIA FATAL.
APÓS A SUA REALIZAÇÃO,
FOI CONFIRMADA UMA RESSUREIÇÃO
QUE NOS DEU UMA NOVA ERA,
LOGRANDO PARA NÓS OS PRAZERES
DE SUAS PARÁBOLAS, TÃO LINDAS,
TÃO SENSATAS, TÃO BEM-AVENTURADAS…
ESSE ENRIQUECIMENTO PARA O SER SIMBÓLICO
RESULTOU EM UMA ESTÉTICA PARA ALGUNS,
RELIGIÃO PARA OUTROS, MAS TAMBÉM TROUXE GUERRAS.
ESSAS, FRUTO DAQUELES QUE NÃO ENTENDERAM SEUS ATOS
POLITIQUEIROS, QUE SÃO CHAMADOS HOJE PELO PAPA DE HIPÓCRITAS.
SEJAMOS LEITORES COZIDOS
DESSAS METÁFORAS DE UM HOMEM CRÔNICO
QUE NÃO SAIRÁ DESTE PLANETA,
POIS FOI E É EXÍMIO PENSADOR DAS ALMAS
ALÉM DE NOS DAR DE PRESENTE
O BOM ESPÍRITO SANTO.
NESSE MOMENTO DE CONFRATERNIZAÇÃO
PRECISAMOS MEDITAR, RESPEITAR, REFLETIR,
DAR VAZÃO AS SUAS PALAVRAS…
PARA QUE HAJA UM MUNDO DE POESIA ENTRE OS HOMENS.
FELIZ PÁSCOA !
Síndrome de Pânico
Síndrome de Pânico
Por Mônica de Carvalho Santos – Psicóloga
Embora a ansiedade faça parte do cotidiano da vida de qualquer pessoa e esteja relacionada ao estado de alerta necessário à nossa proteção, o que se vê na Síndrome de Pânico, é um aumento excessivo dessa ansiedade, tornando-a “insuportável” , através de crises que parecem intermináveis aos olhos do paciente, promovendo uma variedade de sintomas que, normalmente, são entendidos como ataque cardíaco, ou estado iminente de morte. Desse modo, faz com que tais pacientes sejam submetidos a uma bateria de exames quando são atendidos em pronto-socorro. O reconhecimento do quadro clínico pode ajudar a esclarecer o diagnóstico.
Dentre os sintomas físicos mais comuns temos: taquicardia, sudorese, palpitação, enjoo, vertigem, formigamentos, falta de ar, sufocamento, desconforto abdominal, dentre outros. Os mesmos são acompanhados de pensamentos negativos de morte e falta de controle, medo de “enlouquecimento”.
As crises de ansiedade no pânico costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais (como nos casos de fobia), podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas, inclusive durante o sono. Por outro lado, existem pacientes que desenvolvem o episódio de pânico em determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, no meio de grande multidão, dentro de bancos, sozinhos em casa, etc.
Os portadores de pânico costumam ter tendência à preocupação excessiva com problemas do cotidiano, necessidade de estar no controle da situação, altas expectativas negativas, Frequentemente esses pacientes têm tendência a superestimar suas sensações físicas e costumam valorizar seus sentimentos negativos.
Diante das primeiras crises de pânico os pacientes se recusam em aceitar que o quadro possa refletir um transtorno emocional.
Depois do primeiro ataque de pânico, normalmente a pessoa experimenta importante ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. É como se a pessoa ficasse ansiosa diante da possibilidade de ficar ansiosa(ansiedade antecipatória). Por causa disso os pacientes passam a evitar situações facilitadoras da crise, prejudicando assim o nível ocupacional e social em graus variados.
O tratamento medicamentoso consiste em antidepressivos aliado, algumas vezes ao uso de ansiolíticos apenas ministrado durante o ataque de pânico. Contudo, alguns profissionais defendem a importância da psicoterapia para que haja uma melhora real do paciente através da terapia comportamental. Essa técnica tem como objetivo permitir ao paciente o autoconhecimento, para que ele possa compreender quais os acontecimentos em sua vida que desencadeiam os ataques de pânico. O tratamento ocorre de forma lenta e gradual, no qual o paciente deve se confrontar com as situações que o aterroriza, para que, aos poucos haja uma dessensibilização que permitirá o enfrentamento das limitações, sem que ocorra o quadro estressante. Além de métodos de visualização, técnica de respiração e relaxamento.